Wednesday, March 16, 2016

16.3.2015 Moscou. 4oC Altitude 156m





Sabe aqueles acasos que eram para dar tudo errado, mas por uma força do destino, tudo se encaixa? Nossa viagem teve um pouco disso. Numa delas, talvez o erro mais certo que tivemos, esquecemos de cancelar o albergue em Moscou - já que tínhamos decidido fazer couchsurf, não precisávamos de um albergue. Assim que chegamos da estação Leningrado (foi, aliás, nossa primeira visão da impressionante praça das três estações, com uma estação grande neoclássica, uma neorussa, e uma neobarroca, mais duas de metrô e uma modernista simplezinha, em volta duma única praça) com nossas malas de mil e quinhentos quilos fomos direto para a casa da nossa anfitriã e decidimos tentar reaver uma parte da hospedagem depois. O bairro, que se chama Aeraport porque lá havia um aeroporto (dã), é um pouco afastado do centro, mas bem tranquilo de chegar, fora as muitas escadas, mas isso é um capitulo a parte. Moscou ama escadas, pelosvisto. Não rolantes. Nossos anfitriões, muito legais, eram uma russa e um escocês com sotaque bem carregado, eles falaram que houve um momento quando viajaram pros EUA em que ela estava traduzindo o inglês dele pros americanos. 

Logo depois das apresentações resolvemos ir até o hostel, que era relativamente perto dali, ainda era cedo. Saltamos do metrô, e quando chegamos no rua, era como se ela não existisse, ela era cortada, continuava na paralela, entrava entre os prédios… depois de andarmos mais de duas horas, perguntarmos para algumas pessoas, encontramos um ser que nos disse que o hostel que tinha ali, não tem mais?!!??!!? Oi? Como assim????? Ficamos perdidos, porem aliviados de termos outra opção e de não termos ido direto para lá, pois andar o que andamos com as malas nas costas, seria castigo. Na correria acabamos fazendo a nossa primeira refeição em Moscou num starbucks genérico. Com a qualidade que se espera da comida dum Starbucks, mas pelo menos era quentinho e longe do frio. Ao procurar o hotel, também vimos o prédio (era em frente) da imprensa oficial russa, com direito a um jornal com as páginas coladas numa vitrine, pra todo mundo poder ler. Simpático. 

Saltamos na estação Biblioteca, fomos dar um pulo na Biblioteca Nacional Lênin. Que é mais impressionante que bonita, com colunas titânicas de basalto preto em volta, e que tem uma burocracia um tanto soviética... enfim, não é possível chegar na sala de leitura só pra olhar. Você tem que ter um cartão de leitor. E fomos lá fazer nossos cartões da biblioteca na biblioteca Lênin, com uns atendentes que não falavam nem good morning de inglês. Aos trancos e barrancos conseguimos, e fomos olhar o imenso salão de leitura. Onde não se podia tirar foto. OK.









Anfã, entre putos e aliviados, e já sendo tarde, decidimos rumar para o Centro para conhecer a praça Vermelha. A praça vermelha, ali perto, é relativamente pequena e, mais inesperado ainda, é irregular. Sobe, desce... e por isso mesmo São Basílio, que é tão bonita quanto se vê nas fotos ou mais, é por outro lado muito menor do que se imagina e, ficando abaixo do nível da maior parte da praça, parece menor ainda. Enfim, passeamos, olhamos pra catedral, pro museu histórico russo (esse sim uma construção neorrussa gigantesca), pros muros do Kremlin (com a torre do relógio coberta de andaimes) e pra GUM. E, já que brasileiro em viagem vai pra shopping, decidimos honrar o script e adentrar a GUM. O prédio é realmente um esplendor de arquitetura européia novecentista, com os tetos em basílica de vidro e as passarelas de ferro lá em cima, mas o clima... bem, é de shopping. O guia dizia que tinha uma cantina chique na própria GUM, então fomos jantar lá, mas a tal cantina chique, ao contrário dos elogios do Lonely Planet, de chique tinha o preço (e a decoração retrô-soviete). A comida em si não era melhor do que a das cantinas de verdade. 




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