Saturday, April 2, 2016

2.4.2015 Khabarovsk -6 a 6C, Altitude 76m



Acordando em Khabarovsk, fomos passear - isso querendo dizer conhecer melhor o parque, ir ao inevitável museu de estudos regionais, e num museu de arte ao qual o guia tecia rios de loas.

O parque à beira-rio se espalha em patamares; entre a rua e a praia cascalhenta, segundo o guia lotada no verão, devem ser uns bons 50m de altura e incontáveis escadarias; algumas vão retas, outras ziguezagueiam, com plataformas e caminhos em tudo quanto é altura. Dá pra ver, em vários cantos, montes de agulhas de pinheiro; proteção para canteiros de flores não serem esmagados pelas neves do inverno. Chegamos no rio, pra molhar a mão pelo menos nas
águas do Dragão Negro (via-se gelo mais além, mas ao lado da cidade o rio já corria), e subimos de volta, por caminhos sinuosos; além da gente, só um ou outro casal, volta e meia alguém passeando o cachorro. Ainda no começo do parque, na altura da rua, está o museu de arte, num prédio eclético-art nouveau até interessante. A bilheteira nos explicou que pagava-se por piso, ou (e ainda bastante barato) para ver o museu inteiro, e resolvemos ver tudo... o que não era muita coisa. Tinha umas exposições de arte que pareciam, juro, aquelas coisas de antiquário estilo shopping Cassino Atlântico, uns salões oitocentistas reconstituídos, uma exposição de fotos de cerejeiras, e a melhor parte: uma pequena exposição de ilustrações de livros infantis.

No outro extremo do parque, o museu de estudos regionais também representava o outro extremo de museu. Num prédio de tijolo vermelho à inglesa, com expansão idem, bastante grande; uma vitrine na expansão deixava que o esqueleto de um cachalote olhasse para sempre para o rio Amur. Entrando, o troço era além de grande bem interessante, com exposições sobre "estudos regionais" que incluíam, num dos andares, uma "marcha através dos tempos" - no primeiro salão andava-se por objetos autóctones, no segundo por uma cabana russa ou cossaca primitiva, no terceiro por uma casa oitocentista (com pôsteres, brinquedos, etc), depois por uma na revolução, e assim por diante; também moderna era uma exposição sobre a variedade de povos da região; também não jogaram fora as exposições mais tradicionais (bicho empalhado e armas). Mandamos algumas fotos da exposição para um amigo, que perguntou "vocês estão no museu do metal?" Também havia exposições temporárias, inclusive uma sobre Harbin, na China, que já foi russa, com fotos de época e acetatos com fotos atuais que você punha em cima; uma de relógios de todo tipo; e uma sobre barcos, para crianças (proibida aos adultos, hmph). Comemos um sanduíche comprado numa máquina (acho que já se fazia notar a proximidade do Japão...) e saímos do museu para passear um pouco mais, inclusive dando uma bizoiada na biblioteca central da cidade.

À noite, fomos encontrar a Olga, que tinha nos contatado pelo Couchsurfing; ela (fofa e linda) nos levou para um pub onde tocava rock e, depois de saírmos, para dar uma olhada em outros cantos da cidade, inclusive a catedral nova (que parece ser mais objeto de orgulho cívico do que religioso pras pessoas); também contou, enquanto andávamos pela rua central, que no inverno duas doidas tinham ganho seus quinze minutos de fama correndo peladas pela rua...


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