Thursday, April 28, 2016

28.4.2015 Tóquio 18 a 24C Altitude 6m



Bem, chegou. Último dia. Os planos de inda fazer alguma coisa pela manhã sabotados pela Lufthansa, que tinha trocado o vôo de 8 pra 4 da tarde. Mari foi comprar a última encomenda (uma botina de pedreiro. Sério.) enquanto Thuin fazia a fisioterapia, e fomos lá pro aeroporto. Pra isso, ao invés do caminho mais rápido com um trem Bakurocho - estação Tóquio - Aeroporto, pegamos Bakurocho - Hamamatsucho- monotrilho até o aeroporto. Só pra ter as últimas vistas da cidade, já que o trem é terrestre ou subterrâneo. Não que sejam vistas muito espetaculares, na maior parte; o monotrilho é todo a partir duma área suburbana mas de prédios altos, então só se vê o que está por perto, até o momento em que ele vai pra baía pra chegar no aeroporto, passando por áreas do porto e industriais (inclusive a estação de tratamento de esgoto) no caminho.

O aeroporto de Haneda se orgulha, descobrimos na wikipédia quando procurávamos qual o melhor caminho pra nós, de ser o mais pontual do mundo, com mais de 85% dos vôos saindo com menos de 15 minutos de atraso. Tentamos imaginar a reação dum funcionário da JR ou da RZD se falassem que 15% dos trens do Japão ou da Rússia sairiam com mais de 15' de atraso. Acho que envolveria pistolas ou cianeto. Ao contrário das estações do monotrilho, super simples, o aeroporto é imponente, bem mais plástico que Narita, com uns panos de concreto parecendo lonas enormes penduradas. Enfim, chegamos e fomos pra fila de embrulhas as mochilas. Que não andava. E não andava. E não andava... ficou um na fila e o outro foi procurar o uísque (uísque japonês é uma delícia, e queríamos trazer umas garrafas), mas naquele terminal enorme não tinha um mercado em que vendesse. E a fila não andava do embrulho. Acabamos entregando as mochilas sem empacotar mesmo. Passados os controles, fomos procurar uísque de novo, e finalmente encontramos - mas a loja não tinha o saquinho lacrado que permite fazer baldeação com o líquido. Ou seja, só se fosse pra zerar nas doze horas até Munique.

Pegando o avião (infelizmente não na janelinha, muito infelizmente já que o avião vai até o oceano ártico pra voar Japão-Europa), Thuin descobriu que se tinha doído na ida, com semanas fazendo fisio e massagem todo dia antes, a volta... a pele ficou queimada de tanto usar o aparelhinho de choque. Mas pelo menos, em Munique, achamos uma massagista no aeroporto, que deu uma segurada (pra ser exato, no Hilton do aeroporto. Chic. E na Alemanha massagista não te manda ficar de cueca, mas pelado mesmo.) A dor foi tanta que deu pra ver o Hobbit 3 inteiro sem dormir, o que deveria ser impossível.

E é isso. Cabô. Espero que dê pra voltar um dia. Quem sabe no outono.

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