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| Peixaria duty-free |
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| O ícone da religião deles |
Decolando, podíamos ver os morros da península de Vlad lá embaixo, e depois de um tempo só mar oceano. Enfim, depois de mais tempo, surgem outros morros, bem maiores, cobertos de neve e pedra, e aterrissamos em Tóquio. Ou melhor, no aeroporto internacional de Narita, a alguma distância da cidade. Em volta da pista, muitas cerejeiras brancas.
Narita 10 a 14C Altitude 2m
O aeroporto de Narita é imenso e tão confuso que consegue ser labiríntico, mesmo com (aparentemente) um único. linear, e infinito terminal. Mas, enfim, conseguimos passar pela imigração e alfândega, todo mundo inacreditavelmente gentil, e chegamos no correio. Sim, correio, porque tínhamos a tralha de frio pra despachar de volta pro Brasil, já que no Japão já era primavera adiantada, mais as lembranças da Rússia, e tínhamos algumas horas até nossa conexão para Fukuoka. Passado o correio, fomos comer alguma coisa (o lanchinho da S7 não era lá digno duma viagem internacional), e achamos um restaurante de tempurá lindo, sem vista para o pátio mas com preços decentes. E sim, era delicioso. Dele, partimos para o salão de embarque doméstico, onde - ó glória - havia um par de cadeiras de massagem, onde Thuin prontamente começou a enfiar todas as moedas que tínhamos. Inda fomos chamados no alto-falante porque nossa bagagem tinha dentro um isqueiro zipo, e queriam ver se tinha fluido dentro (não tinha). Mézanfã... já dentro do avião, lembramos da diferença entre avião e trem. A cadeira era minúscula. Uma vozinha fina (quase todo anúncio de alto-falante no Japão é com voz aguda) avisava "vamos atrasar mais um pouco, senhoras e senhores. Aguente aí morrendo de dor nas costas que um dia sai, ok? Um dia. Talvez. Se você não morrer nem matar ninguém antes. Mais um atrasinho. Só mais um."
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| Segue assim até a terceira estrela depois do amanhã |
Fukuoka 12 a 15C Altitude 12m
Enfim, sobrevivemos, e desembarcamos em Fukuoka. OK que também tem a diferença de escala, mas ao contrário de Narita tudo era simples de se achar, mais velhusco mas igualmente limpo, inclusive a estação de metrô; a ligação entre esta e o aeroporto propriamente dito tinha uma decoração renovada, remetendo aos tecidos locais e uma meia-barreira, até a altura da cintura.
Finalmente chegamos na estação central, que se chama Hakata e não Fukuoka só pra confundir as ideias dos turistas (pra piorar as coisas, existe uma estação de trem chamada Fukuoka, no norte do país). Bem, eles dizem que porque nos tempos idos havia realmente duas cidades distintas; Fukuoka, o centro administrativo dos barões, e Hakata, a cidade portuária dos mercadores; quando as duas se fundiram, foi escolhido o nome da cidade baronial para a cidade, mas a estação de trem manteve o nome antigo. O hotel era quase na frente da estação; do outro lado duma praça não muito grande, com algumas árvores ainda mortas do inverno e outras jogando pro ar os primeiros brotos, além duma ameixeira já verde e um par de cerejeiras branquinhas. Numa das laterais da praça inteira, um bicicletário com umas 200 posições; na rua lateral que saía dela, uma fieira de máquinas de vendas; sobre a estação, duas (2) lojas de departamentos. O hotel era feiusco por fora e, por dentro, tinha uma cara enorme de anos 80. Não era sujo, nem particularmente limpo; o quarto era apertado, como esperávamos, mas a cama era do tamanho duma cama de casal normal. E o banheiro trancava hermeticamente, virando uma mini-sauna se quiséssemos...
Coca da máquina, chaleira instantânea, gelol, kinesiotape, e o catálogo de, ahem, acompanhantes escondido dentro do catálogo de filmes.
Pra jantar, atravessamos de volta a praça para procurar algum dos restaurantes da estação. Comemos num restaurante de ramen (miojo) em que não se fazia pedido ao garçom ou caixa, mas numa máquina automática; depois, era só aguardar seu número e entregar a comanda ao cozinheiro. E sim, era uma delícia.





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